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CIPA e SIPAT: Dependência Digital, Impactos da Tecnologia na Vida e no Bem-Estar

📱 Você ainda controla seu celular — ou já é ele quem te controla?


A cena é comum: o despertador toca no celular. Ainda deitado, você desliza o dedo para checar as notificações. WhatsApp, e-mails, Instagram, LinkedIn, TikTok. Sem perceber, 30 minutos se passaram. Você já começa o dia acelerado, com o cérebro sobrecarregado por uma enxurrada de estímulos — antes mesmo de escovar os dentes.

E o pior: isso parece normal.


Mas… e se eu te dissesse que essa rotina, aparentemente inofensiva, está te deixando menos produtivo, mais ansioso, menos presente com sua família e mais propenso a adoecer emocionalmente?

Você pode estar vivendo no piloto automático digital — e nem se deu conta.

 


Pessoas com seus smartphones

 A hiperconexão como nova epidemia silenciosa


Nunca estivemos tão conectados. Mas nunca estivemos tão exaustos, desatentos e emocionalmente desnutridos.

A dependência digital não é mais um exagero teórico. É uma realidade psíquica, invisível, que vem esgotando nossos recursos mentais.


📊 Segundo estudo da Universidade de Harvard (2019), o uso excessivo de telas está diretamente associado ao aumento de sintomas como ansiedade, insônia, dificuldade de concentração e irritabilidade.


📱 Em média, brasileiros passam mais de 9 horas por dia em frente a telas, segundo relatório da We Are Social e Hootsuite (2023). E a maior parte desse tempo não está relacionada ao trabalho, mas ao consumo automático de redes sociais e entretenimento.

 

Impactos da Dependência Digital no trabalho e na saúde


No contexto da CIPA e da SIPAT, precisamos ampliar o conceito de "acidente" para algo mais silencioso, mas tão prejudicial quanto: a erosão da saúde mental causada pelo uso desregulado da tecnologia.


Quais são os sinais?

  • Irritabilidade frequente

  • Sensação constante de cansaço mental

  • Dificuldade para “desligar” mesmo fora do expediente

  • Redução da empatia e da escuta no ambiente de trabalho

  • Comprometimento do sono e da memória

  • Dores físicas (pescoço, olhos, cabeça) por uso prolongado de telas


E o pior: a produtividade não aumenta. A ilusão de estar "ligado o tempo todo" gera uma produtividade tóxica, onde o cérebro vive em estado de alerta — e o corpo começa a falhar.

 

O cérebro não foi feito para essa avalanche


Nosso cérebro evoluiu para lidar com estímulos naturais, interações humanas e pausas. A tecnologia, com seus algoritmos viciantes, sequestra os circuitos de dopamina — o neurotransmissor do prazer — nos mantendo num ciclo de compulsão:


Notificação ➝ Curiosidade ➝ Recompensa ➝ Ansiedade ➝ Nova notificação.


Essa lógica nos tira do presente. Estamos sempre onde não estamos: vendo a vida dos outros, respondendo mensagens, acumulando informações inúteis.


A consequência? Ausência afetiva, distanciamento interno e falta de propósito.

 

Estratégias para Reconectar com o Essencial


Não se trata de demonizar a tecnologia, mas de recuperar o controle sobre ela. Abaixo, algumas práticas que ajudam a reduzir a dependência digital e promover saúde emocional:


1. Faça um “check-in emocional” diário

Pergunte-se: “Como estou hoje? O que estou sentindo?”Esse simples ato ativa o córtex pré-frontal e reduz o comportamento impulsivo com o celular.


2. Estabeleça zonas e horários sem telas

Durante refeições, conversas importantes ou 30 minutos antes de dormir, desconecte-se.


3. Use aplicativos para limitar o uso de redes

Aplicativos como Forest, Freedom ou Digital Wellbeing ajudam a monitorar seu tempo de tela.


4. Pratique o “consumo consciente” de informação

Escolha o que vai ler, ver e ouvir. Não se alimente de ruído.


5. Substitua o automático por presença real

Troque 15 minutos de rolagem infinita por uma conversa com um colega, uma caminhada ou um momento de respiração profunda.

 

💬 Finalizando com uma provocação


Se hoje sua bateria acabasse, o que restaria de você?Quanto da sua atenção tem sido doada a coisas que não agregam nada ao seu bem-estar?A dependência digital não é apenas uma questão de vício: é uma crise de identidade e conexão.

Que a SIPAT seja também um chamado à reflexão.Que a CIPA seja um espaço de cuidado não apenas do físico, mas do psicológico e emocional.


Cuidar da saúde emocional no ambiente de trabalho também é prevenir acidentes — só que de outra ordem: acidentes da alma.

 

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Referências

  1. GROSS, James J. Handbook of Emotion Regulation. 2. ed. New York: Guilford Press, 2014.

  2. HARVARD UNIVERSITY. Digital Media and the Brain. Center on the Developing Child, 2019.

  3. WE ARE SOCIAL; HOOTSUITE. Digital 2023: Global Overview Report. Disponível em: https://datareportal.com. Acesso em: 10 abr. 2025.

  4. GREENFIELD, David N. Virtual Addiction: Help for Netheads, Cyberfreaks, and Those Who Love Them. Oakland: New Harbinger, 1999.

  5. CARR, Nicholas. The Shallows: What the Internet Is Doing to Our Brains. New York: W. W. Norton & Company, 2011.

  6. TURKLE, Sherry. Alone Together: Why We Expect More from Technology and Less from Each Other. New York: Basic Books, 2012.

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Jackson Ferreira

Psicologia e desenvolvimento pessoal
CRP: 06/113929

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