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Autoestima: Cultivar o Amor-Próprio Verdadeiro? Ou cair nas Ciladas do Narcisismo Moderno?


Nos últimos anos, a autoestima virou um dos temas mais comentados quando o assunto é bem-estar e sucesso pessoal. E, claro, o amor-próprio nunca foi tão valorizado. Mas, com tanta informação (e desinformação), muitas vezes ficamos sem saber o que, de fato, significa ter autoestima. Ser confiante e se valorizar é essencial, mas há uma linha bem fina entre autoestima e narcisismo – e é sobre isso que vamos falar.

Se maquiando no espelho narcísico
Mulher no espelho se maquiando

Autoestima: Como Cultivar o Amor-Próprio Verdadeiro e Evitar as Ciladas do Narcisismo Moderno


Na psicologia, autoestima é aquela sensação de "tá tudo bem comigo", sabe? É uma visão equilibrada que temos sobre nós mesmos, uma avaliação honesta das nossas qualidades e limitações. Quem tem autoestima saudável conhece seus pontos fortes, mas também sabe onde precisa melhorar – e tudo bem com isso! Não é aquela confiança “forçada”, que precisa da aprovação dos outros o tempo todo, mas sim uma base sólida que vem de dentro.


Quando temos essa autoestima autêntica, ficamos menos preocupados com a opinião alheia e, claro, conseguimos lidar melhor com críticas e desafios sem desmoronar. É um processo contínuo, que exige paciência e autoconhecimento, mas traz paz e equilíbrio.


A Confusão Entre Autoestima e Narcisismo


Com a explosão de coaches e influenciadores na internet, a autoestima muitas vezes é confundida com algo muito diferente: o narcisismo. Esse conceito, segundo a psicologia, refere-se a uma necessidade exagerada de admiração e à tendência de supervalorizar o próprio valor, enquanto qualquer crítica é vista como uma ameaça. É como uma confiança “inflada” que, no fundo, é bem frágil e depende da validação constante dos outros.


Esse tipo de “confiança”, incentivado por alguns conteúdos de autoajuda, parece inspirador de início, mas é apenas superficial. Quando essa autoestima “de fachada” é desafiada por uma situação difícil, ela tende a ruir rapidamente, pois não foi construída sobre autoconhecimento ou aceitação genuína.


O Verdadeiro Amor-Próprio: Cuidar do Corpo e da Mente


O verdadeiro amor-próprio não vem de exageros, mas de práticas diárias de autocuidado e respeito com quem você é de verdade. Ele é fundamentado na saúde física e mental e na construção de uma base sólida de bem-estar.


1. Comece pelo Autocuidado: Amor-próprio não é só sobre se olhar no espelho e dizer que é incrível (embora isso ajude!). Ele também passa por cuidar bem do corpo com uma boa alimentação, sono em dia e atividade física. Esses cuidados são a base para que a nossa mente funcione bem.


2. Fortaleça a Saúde Mental: Às vezes, uma boa dose de amor-próprio precisa de apoio profissional. O acompanhamento de um psicólogo é uma ferramenta valiosa para entender e melhorar a forma como você se vê. Na terapia, você vai descobrir como valorizar o que já tem de bom e desenvolver áreas que podem melhorar, sem precisar de validação externa o tempo todo.


3. Cultive Resiliência: O amor-próprio genuíno é resiliente! Ele aceita que a vida tem altos e baixos e que ninguém precisa ser perfeito. Diferente do narcisismo, que se alimenta da busca por perfeição e sucesso a qualquer custo, o verdadeiro amor-próprio valoriza o aprendizado que vem dos erros e do crescimento pessoal.


Amor-Próprio de Verdade: Construindo Sua Melhor Versão


Em vez de seguir modelos de autoestima que mais parecem narcisismo, busque construir um amor-próprio baseado no que realmente faz bem, com sua essência e seu propósito. O amor-próprio verdadeiro não é barulhento nem exagerado; ele é sólido, seguro e livre de pressões para agradar os outros. É um processo de descoberta que requer tempo, sim, mas nos permite viver com mais segurança e autenticidade.


Então, que tal trocar o espelho por uma caminhada na natureza ou por uma conversa com quem te apoia de verdade? Se o objetivo é crescer e se valorizar de maneira genuína, o caminho é o autocuidado, a aceitação das suas qualidades e, sim, das suas falhas. O resultado? Uma autoestima que não depende de aplausos, mas que valoriza o que você realmente é.

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