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Ansiedade: Quando é Natural e Quando Virou um Sinal de Alerta?

A ansiedade... Aquela velha conhecida que aparece quando temos uma apresentação importante, ou quando estamos prestes a fazer algo novo e desafiador. Ela é como aquela visita inesperada que, às vezes, pode ser útil para nos deixar alerta, mas que em outras ocasiões se instala e se recusa a ir embora. Hoje, vamos falar sobre as diferenças entre a ansiedade normal e aquela que merece um pouco mais de atenção. E prometo: nada de “psicologuês”! Vamos entender isso de forma prática, como em um bate papo entre amigos. Que tal?


Pessoas em vários tipos de contexto com expressões ansiosas.
Pessoas Ansiosas na cidade

O que é Ansiedade Natural?


Primeiro, precisamos desmistificar a ideia de que toda ansiedade é ruim. Ansiedade é uma reação natural do nosso corpo, uma resposta ao estresse que nos prepara para enfrentar desafios. Pense na última vez que você sentiu aquele friozinho na barriga antes de uma entrevista de emprego, ou a tensão antes de uma prova importante. Esse tipo de ansiedade é normal e até benéfico, pois ajuda a focar e a estar alerta.


Exemplos de Ansiedade Normal:


  • Antes de um evento importante: O nervosismo antes de falar em público ou participar de uma competição.

  • Mudanças na vida: Sentir ansiedade ao mudar de casa ou começar um novo emprego.

  • Tomada de decisões importantes: Pensar em todos os “e se...” antes de uma grande decisão é natural.


Esses tipos de ansiedade geralmente desaparecem após a situação desafiadora. Eles podem até motivar você a se preparar melhor e se esforçar mais. Em resumo, a ansiedade normal é como aquele amigo que te empurra para você fazer o seu melhor.


E Quando a Ansiedade Deixa de Ser Normal?


Quando a ansiedade ultrapassa o limite do que é esperado e começa a interferir na sua vida cotidiana, ela deixa de ser uma aliada e pode se tornar um problema. Estamos falando de uma ansiedade persistente, intensa e desproporcional que pode impactar suas emoções, pensamentos e até mesmo o funcionamento do seu corpo.


Características da Ansiedade Patológica:


  1. Preocupação Excessiva e Constante: Se você se pega pensando em problemas o tempo todo, sem um motivo aparente, e isso faz com que seu coração acelere ou você perca o sono, pode ser um sinal de transtorno de ansiedade.


  2. Sintomas Físicos: Palpitações, tremores, falta de ar, dores de cabeça e musculares frequentes são alertas de que a ansiedade pode estar passando do ponto.


  3. Impacto na Vida Cotidiana: Quando a ansiedade interfere em atividades que antes eram comuns, como sair com os amigos, estudar ou ir ao trabalho, é hora de prestar atenção.


  4. Medo de Situações Específicas: Como evitar lugares ou situações por medo de ter uma crise de pânico.


Por Que Isso Acontece?


A ansiedade patológica geralmente está relacionada a padrões de pensamento disfuncionais que perpetuam o ciclo de preocupação. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) explica que, em muitos casos, a mente se habitua a pensar de forma catastrófica ou exagerada. Por exemplo, um pensamento como “se eu errar, vão pensar que sou um fracasso” pode desencadear um nível de ansiedade que está longe de ser normal.


Então, Quando Procurar Ajuda?


Se a sua ansiedade:

  • Está fora de proporção com a situação real.

  • Dura por semanas ou meses.

  • Faz você evitar situações por medo de sentir ansiedade.

  • Afeta seu bem-estar físico e mental de forma significativa.


Então, é hora de procurar um psicólogo para avaliar e possivelmente iniciar uma intervenção. Técnicas de TCC, como reestruturação cognitiva e exposição gradual, são bastante eficazes no tratamento da ansiedade patológica.


Conclusão: Saber Diferenciar é Fundamental


A ansiedade pode ser uma companheira útil, mas quando ela começa a tomar o controle e a impactar sua qualidade de vida, é hora de reagir. E aqui vai uma dica extra: cuidar da saúde mental é um ato de coragem e autocompaixão. Se você percebe que está lutando sozinho com seus pensamentos, busque ajuda. Ter ansiedade não é sinal de fraqueza, mas sim um lembrete de que você é humano.

Agora me conta: você já sentiu alguma dessas formas de ansiedade? Compartilhe suas experiências e vamos quebrar o tabu sobre saúde mental juntos!


Bibliografia


Beck, Judith S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.

 

Clark, David A.; Beck, Aaron T. Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade: ciência e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.

 

Wright, Jesse H.; Basco, Monica R.; Thase, Michael E. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2018.


Leahy, Robert L. Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed, 2018.

 

Gillihan, Seth J. Terapia cognitivo-comportamental: estratégias para lidar com ansiedade, depressão, raiva, pânico e preocupação. Barueri: Manole, 2020.

1 Comment


vilmarfernandes
Nov 05

Obrigado por compartilhar 🙏

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